Cresce preocupação com perseguição religiosa após aliança estratégica entre China e Irã
O recente aprofundamento das relações entre China e Irã levanta preocupações sobre o aumento da perseguição a cristãos nas duas regiões. A parceria estratégica, que abrange desde comércio até segurança, pode fortalecer regimes conhecidos por restringirem a liberdade religiosa. Especialistas apontam que a cooperação entre esses governos pode resultar em maior repressão a minorias religiosas, especialmente cristãs.
China e Irã: histórico de repressão religiosa
Tanto a China quanto o Irã possuem um histórico documentado de restrições à prática religiosa. Na China, o governo tem apertado o cerco contra igrejas clandestinas, prisões de líderes cristãos e vigilância digital das congregações. Já no Irã, a conversão ao cristianismo é tratada como crime, e cristãos ex-muçulmanos enfrentam constante vigilância e prisão.
Com essa aliança estratégica, há temores de que o intercâmbio de tecnologias de vigilância e segurança entre os países possa intensificar o controle sobre comunidades religiosas. A China, por exemplo, já é conhecida pelo uso de sistemas de inteligência artificial para monitoramento de igrejas e outras minorias.
Impactos para a comunidade cristã no Oriente Médio e na Ásia
Além das consequências locais, a aliança China-Irã pode ter impacto regional. No Oriente Médio, onde a presença cristã já é limitada, o fortalecimento do governo iraniano poderá aumentar a pressão sobre igrejas clandestinas. Além disso, regimes aliados ao Irã podem seguir o exemplo, promovendo maior intolerância religiosa.
Na Ásia, o temor é que Pequim use o apoio econômico e militar iraniano para justificar práticas mais autoritárias contra minorias religiosas, sob o pretexto de combate a "ameaças à segurança nacional".
Conclusão
À medida que China e Irã estreitam seus laços, cresce a incerteza sobre a situação das comunidades cristãs nas duas regiões. A repressão religiosa, que já é uma realidade para muitos, pode se intensificar com a troca de tecnologia e táticas de segurança entre os dois países. A comunidade internacional e organizações de direitos humanos estão de olho nos desdobramentos dessa aliança, buscando estratégias para proteger a liberdade religiosa.