Joelson Carlos
Em uma decisão surpreendente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Natal será celebrado em 1º de outubro deste ano. A medida foi divulgada durante seu programa semanal de televisão, “Mais com Maduro”, onde ele declarou: “É setembro, e já cheira a Natal. Por isso, este ano, como forma de homenagear todos vocês e em agradecimento, vou decretar um Natal antecipado para 1º de outubro.”
A decisão de Maduro foi recebida com ceticismo por muitos venezuelanos, que veem a medida como uma tentativa de ganhar apoio popular em meio a uma crise econômica e política. “O Natal deveria ser um momento de alegria, reuniões familiares, festas e presentes”, comentou José Ernesto Ruiz, um trabalhador de escritório de 57 anos. “Sem dinheiro e com essa crise política, quem pode acreditar que haverá um Natal antecipado?”
A antecipação do Natal ocorre em um contexto de eleições presidenciais contestadas, onde Maduro reivindicou a vitória, apesar das alegações de fraude por parte da oposição e de organizações internacionais. Poucas horas antes do anúncio festivo, Maduro emitiu um mandado de prisão contra seu principal oponente, Edmundo González, acusando-o de conspiração e falsificação de documentos.
A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, criticou a decisão de Maduro, com o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmando que a medida é mais um exemplo dos esforços de Maduro para manter o poder à força.